Visto hoje em dia como o maior álbum de heavy metal da história, "Master Of Puppets"(1986) dispensa apresentações. Além de ser o primeiro álbum de thrash metal a receber o certificado de platina, a terceira produção da banda também foi um marco em sua história, pois é o último com a participação do lendário baixista Cliff Burton. Muitos dos elogios recebidos pelo disco vêm de suas letras políticas e atmosfera energética e violenta, que já se mostra presente na faixa de abertura, "Battery". A faixa começa com uma guitarra limpa e calma, que dura em torno de 1 minuto. Depois, já entram a bateria e o baixo, os dois pilares que sustentam essa música, que ainda conta com dois solos. Sua letra discute sobre o poder da raiva sobre o indivíduo. Desde o seu lançamento, "Battery" é recorrente nos shows da banda. Logo depois, vem o grande ápice do disco, que é a faixa-título "Master Of Puppets". A música dispensa comentários e é mundialmente conhecida pelos fãs de heavy metal. Com uma abertura muito pesada e com vocais agressivos, a música que dá título ao álbum é recorrente nas setlists da banda desde o seu lançamento. O tema principal da faixa são as drogas, e como elas controlam o usuário. Essa temática é facilmente percebida na letra da música, em trechos como: "Taste me you will see /more is all you need / dedicated to / how I'm killing you" (Experimente-me e você verá / Mais é o que você precisa / dedicado para / eu estou te matando). "The Thing That Should Not Be" é a terceira e mais subestimada faixa do disco, geralmente sendo apontada como a pior dele. Realmente, ela não traz nada de especial, mas não deixa de ser uma boa música. Na sequencia, temos um momento singular no disco, que é "Welcome Home (Sanitarium)", que começa leve e lenta, com a presença de alguns harmônicos. Mas logo depois já vai para o pesado riff principal. A letra retrata um indivíduo com psicose preso em um asilo para doente mentais. Os vocais são um ponto forte da faixa, pois vão evoluindo conforme a música progride, até chegarem à atmosfera agressiva que predomina na demais faixas. Mas, o que realmente se destaca nessa música são os múltiplos solos de guitarra do final, feitos pelo grande Kirk Hammet. Dando sequência, temos "Disposable Heroes", cuja letra discorre sobre nada mais nada menos do que a guerra, e o quão terrível ela pode ser. O instrumental é fantástico e dinâmico e os vocais ficam em segundo plano. "Leper Messiah", assim como "The Thing That Should Not Be", não traz nada de especial com relação às outras faixas,com relação à sua parte instrumental. Sua letra até hoje gera discussões sobre o seu real significado, mas a teoria mais aceita é de que ela fala sobre as religiões no geral, o quão elas juram promessas falsas de salvação. O único instrumental do disco e terceiro feito pela banda é "Orion", outra grande faixa presente no disco. Dessa vez, o grande destaque vai para a linha de baixo de Cliff Burton, muitas vezes tida como o seu melhor trabalho de todos. Discussões a parte, a faixa é excelente, e ainda apode ser divida em três partes. A primeira é bem pesada, e já conta com um solo de Cliff, o mais conhecido pelos fãs em geral. A parte intermediária é mais calma e excêntrica e conta com mais um incrível interlúdio de Burton. A terceira é bem pesada e lembra muito a primeira, e conta com outro grande solo de Burton, que então o coloca como um dos maiores baixistas de todos os tempos. Como se isso já não bastasse, Hammet ainda faz quatro solos harmoniosos de guitarra, o segundo deles realizado em conjunto com Hetfield. Para fechar, temos "Damage Inc." que novamente traz a proposta de um começo lento que é interrompido abruptamente pelo riff principal. O tema discutido é a farsa das rede de televangelização. Com todos esses elentos, o terceiro álbum do Metallica já se mostra muito superior aos dois primeiros. Mostra uma banda mais madura e independente, e "Master Of Puppets" é realmente a sua obra-prima.
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