O anos 90 foram sem dúvida um marco na história da música. A ascensão de gêneros como o Hard Rock e o Thrash Metal (Com Metallica e o Megadeth) e o surgimento da grande onda do grunge com bandas como Nirvana e o Alice In Chains fizeram com que as banda mais "antigas" começarem a se preocupar. Mas, essa situação não conseguiu parar o Judas Priest, que não se deixou influenciar e criou mais uma obra-prima. Mesmo com a ausência do baterista Dave Holland, a banda se mostrou extremamente criativa e que ainda conseguia fazer muitas músicas excelentes, principalmente após o fracasso do álbum anterior. Lançado em 1990, "Painkiller" tem uma atmosfera bem parecida com os primeiros discos da banda e tem tudo o que um álbum do Judas Priest deve ter: Guitarras muito pesadas e distorcidas, solos extraordinários e. é claro, os vocais agudíssimos de Rob Halford. Nada melhor para sintetizar todas essas características do que a faixa-título, "Painkiller". A música já começa pesada e rápida na introdução de bateria e no riff de guitarra. Mas, o grande destaque da faixa vai para os vocais gritados e agudos de Halford, que deixam "Painkiller" ainda mais encorpada e dinâmica, sem mencionar o solo. Não é a toa que é considerada a melhor do grupo pela maioria dos fãs. A faixa é tão reconhecida que foi nomeada para o Grammy de melhor performance de metal, mas foi derrotada pelo Metallica e seu cover de "Stone Cold Crazy". "Hell Patrol" e "All Guns Blazing" já mostram Halford em seus vocais normais em sua maioria. mais ainda contam com os agudos no refrão. "Leather Rebel" é o segundo grande destaque do álbum e dessa vez isso se deve às rápidas e bem trabalhadas linhas de guitarra muito bem realizadas por Glenn Tipton e K.K. Donning. "Metal Meltdown" é a única música que pode ser facilmente comparada à "Painkiller" em questões de musicalidade. Isso porque, mais uma vez, ela conta com uma excelente linha de guiatarra, dessa vez em dueto. Os vocais gritados de Halford voltam com tudo nessa faixa, e são iguais ou até melhores do que na faixa título, e o solo de guitarra é o melhor do disco. Dando continuidade, temos "Night Crawler", uma faixa com uma sombria e pesada cuja introdução lembra os tempos do Black Sabbath. Uma mundança inesperada acontece aos 3 minutos e 25 segundos da música, quando repentinamente ela para e houvesse apenas a guiatarra, o teclados e Rob narrando algum tipo de história; o que deixa a faixa ainda mais impressionate e faz com que ela mereça destaque no disco. Assim com a segunda e a terceira faixa "Between The Hammer & The Anvil" não traz nada de especial. Ela se assemelha bastante com algumas músicas do Iron Maiden, principalmente por causa de seu riff . "A Touch Of Evil" é uma faixa singular, principalmente pelo fato de contar com teclados bem evidentes (a introdução de "NightCrawler" já contava com um arranjo de teclado), que adicionam uma dramaticidade impressionante à faixa. Seu solo se diferencia dos outros por ser bem melódico e calmo. A breve faixa instrumental "Battle Hymn" dura apenas 57 segundos, e logo emenda na última faixa dessa obra-prima. "One Shot At Glory", formando uma espécie de medley. "Painkiller" mostrou ao mundo que o Judas Priest ainda podiam surpreender sem deixar de lado o seu estilo único, e é por isso que é um clássico até os dias de hoje.
NOTA: 8,2
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