segunda-feira, 16 de junho de 2014

Review #86 - Roll The Bones (Rush)

"Roll The Bones" é o álbum que marca o fim da era do uso sintetizadores do Rush. Nesse disco, a banda começa a voltar para o seu estilo anterior, com a guitarra de Alex Lifeson mais presente e evidente nas músicas. Ainda se percebe um pequeno uso de teclados me faixas como "Face Up", mas a guitarra ainda se destaca mais. Alguns consideram "Roll The Bones" como sendo um álbum conceitual, pois suas letras tratam majoritariamente do destino e otimismo. A faixa que abre o álbum é a grande "Dreamline". Além de ser o ponto alto do álbum, essa música começa com um arranjo bem simples de guitarra e baixo, mas no refrão ela fica mais engajada e pesada. Depois, vem a profunda e reflexiva "Bravado", a música mais "melancólica" do disco. Mais uma vez, Neil Peart mostra que ainda consegue discorrer sobre temas filosóficos e profundos. Dessa vez o tema escolhido é  a busca pelos sonhos e o fracasso. Para quebrar a atmosfera dramática criada pelas duas primeiras faixas, vem a faixa-título, "Roll The Bones". Com uma linha de baixo envolvente e um uso de sintetizadores, a música ainda conta com uma parte no estilo RAP, que é o motivo pelo qual muitos fãs não gostam da faixa e a consideram "ruim". Outro destaque é o instrumental "Where's My Thing? (Part IV of The 'Gangster of Boats Trilogy')", que traz um subtítulo que confundiu os fãs na época, pois o grupo não havia anunciado uma trilogia de músicas. Tudo não passou de uma brincadeira. "Ghost Of A Chance" conta um riff e uma linha de guitarra bem presente, o que mais uma vez prova que o grupo estava mudando. Como uma transição entre a era dos sintetizadores e a era moderna do Rush, "Roll The Bones" é um ótimo disco e, apesar de ser considerado o pior do grupo por alguns fãs, deve ser tido como um excelente trabalho da banda.    NOTA: 9,0

Um comentário:

Didi Valença disse...

Aprendendo e me familiarizando com a banda. Fiz questão de ouvir algumas músicas. Pelos comentários começo a identificar o som da guitarra, do baixo, observando os arranjos e compartilhando o gosto do meu neto André Luiz.